Depoimentos colhidos pela Polícia Civil revelam que ex-funcionários da Igreja Bola de Neve e amigos do casal Rinaldo Pereira, conhecido como apóstolo Rina, e Denise Seixas, contestam as acusações de agressão feitas pela cantora gospel contra o líder religioso.

Segundo testemunhas, Denise Seixas apresentava mudanças abruptas de humor e episódios de autoagressão, frequentemente atribuindo suas lesões a um suposto "espírito ruim". Relatos indicam que ela fazia uso excessivo de remédios para dor e antidepressivos, o que influenciava seu comportamento de maneira significativa.

Em um dos episódios mencionados, Denise afirmou ter sido empurrada de uma escada por um espírito, resultando em ferimentos. Além disso, testemunhas relataram que ela acusava uma acompanhante de conspirar com Rinaldo para interná-la compulsoriamente. Uma babá da família afirmou ter presenciado Denise se agredindo com uma bolsa após ser confrontada por Rinaldo sobre documentos pessoais, enquanto outras testemunhas confirmaram que ela se autoagredia verbalmente.

As discussões entre o casal eram frequentes, porém as testemunhas afirmaram nunca ter presenciado ameaças ou agressões físicas por parte de Rinaldo. Uma babá que trabalha na casa desde 2018 descreveu uma discussão acalorada onde Rinaldo teria chamado Denise de "viciada em remédio" e "surtada" quando ela se recusava a seguir um tratamento psicológico.

A advogada de Denise Seixas, Gabriela Mansur, destacou que não acredita na possibilidade de um espírito causar um acidente como o descrito e ressaltou que a defesa confia nas provas e na Justiça para proteger mulheres em situações de vulnerabilidade. Mansur optou por não comentar outros episódios relatados devido ao processo tramitar em segredo de Justiça.